<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6432744\x26blogName\x3dANTES+DE+TEMPO\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dSILVER\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://antesdetempo.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://antesdetempo.blogspot.com/\x26vt\x3d810648869186397672', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

domingo, 25 de abril de 2004

 
Mais uma vez Rorty
Todos os seres humanos se fazem acompanhar de um conjunto de palavras que empregam para justificar as suas acções, as suas crenças e as suas vidas. São as palavras nas quais formulamos o louvor dos nossos amigos e atacamos os nossos inimigos ou nas quais formulamos os nossos projectos a longo prazo, as nossas dúvidas pessoais mais profundas e as nossas mais elevadas esperanças. São as palavras nas quais, por vezes prospectivamente e por vezes retrospectivamente, contamos a história das nossas vidas. Chamarei a essas palavras o «vocabulário final» de uma pessoa.
Esse vocabulário é «final» no sentido em que, se se lançar dúvida sobre o valor dessas palavras, o seu utilizador não tem qualquer recurso argumentativo não circular. Tais palavras constituem o ponto até onde ele pode ir com a linguagem: além delas não há mais do que uma passividade desamparada ou um recurso à força. Uma pequena parte de um vocabulário final é feita de termos delgados, flexíveis, ubíquos, tais como «verdadeiro», «bom», «certo» e «belo». A maior parte contém termos mais espessos, mais rígidos e mais locais, tais como, por exemplo, «Cristo», «o meu país», «padrões profissionais», «decência», «amabilidade», «a revolução», «a Igreja», «progressista», «rigoroso» ou «criativo». Os termos mais locais fazem a maior parte do serviço.

in Contingência, Ironia e Solidariedade, Cap. IV - Ironia Privada e Esperança Liberal

Deparo-me, diáriamente, com este problema de linguagem a nível pedagógico. É necessário, a cada passo, entender os contornos individuais desse «vocabulário final» de que Rorty fala e nunca deixar caír o interlocutor numa situação de argumentação circular. A provocação dessa argumentação circular tem que ter, à partida, garantias da abrangência de novos limites para esse específico «vocabulário final» e envolver a possibilidade efectiva da aquisição de novas fronteiras.



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?