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terça-feira, 28 de dezembro de 2004

 
O tempo é aquilo com que medimos o movimento


Bill Viola, Nantes Triptych, 1992.

XXIV, 31. Mandas-me estar de acordo se alguém disser que o tempo é o movimento de um corpo? Não mandas. É que eu oiço dizer que nenhum corpo se move senão no tempo: és tu que o dizes. Mas não oiço dizer que o próprio movimento de um corpo é o tempo: não és tu que o dizes. Quando, porém, um corpo se move, é com o tempo que eu meço a duração do seu movimento, desde que começa a mover-se, até que acaba. E se eu não vi desde que começou e continua a mover-se, de modo a não ver quando termina, não posso medir senão talvez a partir do momento em que começo a ver, até deixar de ver. Mas se o vejo durante muito tempo, afirmo apenas que foi muito tempo, mas não quanto tempo é, porque também quando dizemos "quanto", dizemo-lo por comparação, como por exemplo: "Isto durou tanto tempo como aquilo", ou: "Isto durou o dobro daquilo", e alguma coisa deste género. Se, porém, pudermos notar as extensões dos lugares donde vem e para onde vai um corpo que se move, ou as partes dele, se se mover como que em torno de si mesmo, podemos dizer quanto é o tempo a partir do momento em que se efectuou o movimento do corpo, ou de parte dele, desde um lugar até ao outro. Dado que uma coisa é o movimento do corpo, outra aquilo com que medimos a sua duração, quem é que não percebe a qual destas coisas de preferência se deve chamar tempo? Na verdade, se o corpo umas vezes se move a um ritmo desigual, outras vezes está parado, medimos com o tempo, não só o seu movimento, mas também o seu repouso, e dizemos: "Esteve tanto tempo parado como em movimento"; ou: "Esteve parado o dobro ou o triplo do tempo em que esteve em movimento"; ou qualquer outra coisa que a nossa medição tenha compreendido ou avaliado, mais ou menos, como costuma dizer-se. Por conseguinte, o tempo não é o movimento do corpo.

(Nova interpelação a Deus)

XXV, 32. E confesso-te, Senhor, que ainda ignoro o que seja o tempo, e de novo te confesso, Senhor, que sei que digo estas coisas no tempo, e que há muito tempo estou a falar do tempo, e que este "há muito tempo" não é outra coisa senão a duração do tempo. Portanto, como é que eu sei isso, quando não sei o que é o tempo? Será que não sei como exprimir o que sei? Ai de mim, que nem ao menos sei aquilo que não sei! Aqui me tens, diante de ti, ó meu Deus, porque eu não minto: digo-te o que me vai no coração. Tu iluminarás a minha lucerna, Senhor, meu Deus, iluminarás as minhas trevas.

Santo Agostinho in Confissões, Livro XI



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