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quinta-feira, 16 de março de 2006

 
Céu e Inferno


Foto de Lilya Corneli


A maioria dos paraísos são adornados com construções que como as árvores, cursos de água, montes e campos, resplandecem de gemas. Todos conhecemos a Nova Jerusalém: "As muralhas estavam construídas com jaspe e a cidade era de ouro puro, semelhante ao puro cristal. Os alicerces da muralha da cidade estavam incrustados com toda a espécie de pedras preciosas". (Apocalipse de S. João, 21, 18).
Descrições semelhantes podem ser encontradas na literatura escatológica do hinduísmo, do budismo e do Islão. O céu é sempre um lugar onde há gemas. Por que será assim? Aqueles que encaram todas as actividades humanas em termos de uma matriz de referência social e económica responderão que as gemas são muito raras na Terra e que são poucos os que as possuem. Para compensar estes factos, os porta-vozes da maioria carenciada encheram os seus céus imaginários de pedras preciosas. Sem dúvida que esta promessa vã tem o seu fundo de verdade, mas não explica por que razão as pedras preciosas foram desde logo consideradas como tal.
Os homens despenderam enormes quantidades de tempo, energia e dinheiro na descoberta, prospecção e lapidação de pedras coloridas. Porquê? O utilitário não consegue explicar tão fantástico comportamento. Mas mal consideramos os factos da experiência visionária, tudo se torna claro. Nas visões os homens percepcionam uma profusão do que Ezequiel chama "pedras de fogo", do que Weir Mitchell descreve como "frutos transparentes". Estas coisas são luminescentes, apresentam um brilho de cor preternatural e possuem uma significação preternatural. Os objectos materiais que mais se aproximam destas fontes de iluminação visionária são as pedras preciosas. Adquirir tais pedras significa adquirir algo cuja preciosidade é garantida pelo facto de existir no Outro Mundo.

Aldous Huxley in Céu e Inferno, 1954.



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